Seresteiros

"A Seresta é como a gota do orvalho matutino,
que faz abrir a corola das flores".

( Zezinho do Bandolim )

História

A longevidade artística de Sílvio Caldas, "o rei das serestas", tem uma explicação; a de que a seresta nunca irá morrer. A seresta é música da madrugada, é recordação, é nostalgia, palpita dentro da gente enquanto há vida na gente.

A lua, alias, musa inspiradora dos seresteiros colocava nas ruas de Sousas um grupo a cantar músicas que uniam jovens e adultos em um único desejo; "o de recordar o que seja".

Todos cantavam a seresta como "se fosse um jornal velho para ser lembrado no futuro". Hoje lamentam que a lua não possa mais iluminá-los por causa da marginalidade que impede-os de seguirem adiante no "trabalho" de cantar na madrugada. O romantismo dos antigos seresteiros foi substituído pelas atuais questões sociais.

Sousas já não é tão pacata como antigamente. O distrito ganhou um novo perfil. Por lá perambulam a nova e a velha guarda que, apesar das diferenças, concordam que a seresta é única.

As músicas que se cantavam falavam no coração de qualquer um, independente de idade. Cativaram e emocionaram.

A pequena Sousas viveu no seu passado os encantos do romantismo das serestas. Os enamorados apaixonados da década de 50 viveram o apogeu da música que contagiou uma geração. Hoje a população de Sousas vive da saudade ao constatar que as serestas realizadas nas janelas das moçoilas sousenses estão resumidas a reuniões fechadas.

As serestas ou serenatas do passado de Sousas já não existem mais. A nova tendência deu forma a rítmos diferenciados, deram origem a novos estilos musicais, no entanto, é preciso preservar esse patrimônio cultural.

Para os "Seresteiros de Sousas" a música como arte que estimula o ser humano a diversas reações e situações, tem em seu conteúdo sempre uma nova tendência. A cada época surge um novo estilo que permanece por um determinado período, porém "onde quer que haja um músico apaixonado pela música, sempre haverá um seresteiro".

Hino

"Abre a porta minha gente,
que a turma dos seresteiros
com violão e com pandeiro,
bandolim, amor e paz,
Na calçada, a noite é fria,
A lua é nossa companhia,
É por pura vocação que nós gostamos de cantar
Somos de Sousas, terra do samba,
onde o imigrante bem de longe veio para ficar,
Vila modesta que tem seresta
na madrugada que enfeita as noites de luar..."

Autor : Antonio Bertazolli

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SERESTEIROS DE SOUSAS
Centro de Convivência - 1988

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SERESTEIROS DE SOUSAS
Ébrio - Raul Nogueira - 1988

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SERESTEIROS DE SOUSAS
Jornal Regional - 1988

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SERESTEIROS DE SOUSAS
Joaquim Egídio - 1989

Video 5

SERESTEIROS DE SOUSAS
Praça Beira Rio Sousas - 1989

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SERESTEIROS DE SOUSAS
Jornal Regional - 1996

Video 7

SERESTEIROS DE SOUSAS
Vibrações e Doce de Coco - Zezinho do Bandolim - 1997

Video 8

SERESTEIROS DE SOUSAS
Boneca de Pano - Arazil Buzon - 1997

Video 9

SERESTEIROS DE SOUSAS
Deusa do Asfalto - Raul Nogueira - 1997

Video 10

SERESTEIROS DE SOUSAS
Prece ao Vento-Arazil, Irmãos Amancio e Avarito-1999

Video 11

SERESTEIROS DE SOUSAS
Rugas Precoces - Arazil Buzon - 2003

Video 12

SERESTEIROS DE SOUSAS
A Vendedora de Ervas Bentas - Irmãos Amancio - 2003